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Teatro Brasileiro de Comédia

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Endereço

Rua Major Diogo, 315 - Bela Vista - São Paulo / SP
Tel.: (11) 3104-5523


Descrição

Criado em São Paulo, em 1948, pelo industrial italiano Franco Zampari, o Teatro Brasileiro de Comédia era, inicialmente, na rua Major Diogo, apenas um espaço para abrigar os grupos amadores. Ao verificar-se a inviabilidade econômica da iniciativa, nesse esquema, organizou-se uma companhia profissional, que aproveitou os melhores atores desses grupos, aos quais se agregaram outros, vindos do Rio.

Em pouco tempo o TBC chegou a ter o melhor elenco jovem do País, em que se distinguiam Cacilda Becker, Tônia Carrero, Fernanda Montenegro, Cleyde Yáconis, Nydia Lícia, Nathalia Timberg, Tereza Rachel, Paulo Autran, Sérgio Cardoso, Jardel Filho, Walmor Chagas, Ítalo Rossi e muitos outros. A encenação estava confiada a europeus e, em certos momentos, até quatro deles se alternavam nas montagens: Adolfo Celi, Luciano Salce, Ruggero Jacobbi, Ziembinski, Flaminio Bollini Cerri, Maurice Vaneau, Alberto D Aversa e Gianni Ratto.

As premissas do conjunto eram a implantação de um teatro de equipe, em que todos os papéis recebiam o mesmo tratamento, e se valorizavam igualmente a cenografia e a indumentária, a cargo de Aldo Calvo, Bassano Vaccarini, Tulio Costa, Gianni Ratto e Mauro Francini; e a política do ecletismo de repertório, revezando-se no cartaz Sófocles, John Gay, Goldoni, Strindberg, Shaw, Pirandello, Tennessee Williams, Arthur Miller e Sauvajon, Sardou, Roussin, Barillet e Grédy, Jan de Hartog e André Birabeau, entre muitos outros.

TBC consolidou a renovação estética do espetáculo brasileiro, iniciada pelo grupo amador carioca de Os Comediantes, e tornou-se a origem de outros conjuntos dele desdobrados, como a Cia. Nydia Lícia-Sérgio Cardoso, a Cia. Tônia-Celi-Autran, o Teatro Cacilda Becker e o Teatro dos Sete (Maria Della Costa, enquanto aguardava a construção de sua casa de espetáculos, passou por ele, e adotou no Teatro Popular de Arte os mesmos princípios).

Na última fase, o TBC alterou suas diretrizes, confiando as encenações aos brasileiros Flávio Rangel e Antunes Filho, além do belga Maurice Vaneau, e o repertório privilegiou os dramaturgos nacionais Dias Gomes, Jorge Andrade e Giafrancesco Guarnieri, quando, antes, o autor da casa havia sido Abílio Pereira de Almeida.


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