22/05/2008

CRÍTICA:  'Quebrando a Banca' (21, EUA, 2008)

Por Paulo Tescarolo 

“Quebrando a Banca” (21, 2008) não é um mau filme. Na verdade, é divertido e intrigante, uma mistura saborosa de matemática, jogatina, adolescência e glamour. O filme conta a história de Ben Campbell (Jim Sturgess), um estudante de um conceituado Instituto de Tecnologia que precisa de US$ 300 mil para pagar seus estudos. Para sair desta situação, Ben se junta a um clube, que ensina aos garotos prodígios a se especializarem na contagem de cartas no jogo. Com as novas habilidades adquiridas, o grupo vai para Las Vegas na esperança de se dar bem na cidade, mas nem sempre as coisas acontecem como o esperado. 

Las Vegas é cenário em filme de jovens gênios que faturaram milhões

O filme é vendido como "baseado em fatos reais". Mas é difícil acreditar nisso. A história é absurda demais para ser real. E olha que sou dos mais tolerantes quanto a isso.                             

O verdadeiro culpado pela bagunça é Jeff Ma, que inspirou o livro "Bringing Down The House" (autoria de Ben Mezrich). Ele realmente fez parte de uma equipe de estudantes que resolveu usar a matemática para ganhar dinheiro no blackjack e, conseqüentemente, desmoralizar os cassinos norte-americanos. Mas a realidade termina aí. Tudo que vai além disso, no livro e no filme, são elementos fictícios criados para tornar a história mais saborosa.

Por um lado, me diverti com o filme, o que costuma bastar. Como eu já disse, não sou dos mais chatos. Mas, por outro lado, saí do cinema decepcionado, pois fiquei curioso à beça para saber o que realmente aconteceu com Jeff Ma e sua trupe. Por isso, o filme leva um amargo 5,5.

Ben Mezrich, o autor do livro, ganha um abraço de Jeff Ma, o tal jogador de blackjack